Escritura de bem de família
O que é a Escritura de Bem de Família?
A Escritura de Bem de Família é um documento público formalizado em um tabelionato de notas, através do qual uma família destina um imóvel residencial à proteção legal, tornando-o impenhorável e inalienável, com exceções previstas em lei. Esse ato visa garantir que a residência familiar esteja protegida contra dívidas futuras, oferecendo maior segurança patrimonial e estabilidade para a família.
Para que serve a Escritura de Bem de Família?
A Escritura de Bem de Família serve para proteger o imóvel residencial contra a penhora em razão de dívidas contraídas pelos membros da família. Com a formalização dessa escritura, o bem é resguardado, não podendo ser utilizado para quitar débitos futuros, exceto em casos específicos, como dívidas tributárias relativas ao próprio imóvel ou em situações onde a dívida foi contraída para a aquisição ou reforma do bem. Essa proteção legal oferece uma garantia essencial de moradia para a família.
Quem deve comparecer ao tabelionato para lavrar a Escritura de Bem de Família?
Para a lavratura da Escritura de Bem de Família, devem comparecer ao tabelionato todos os proprietários do imóvel, que geralmente são os membros da família, como marido e mulher, ou outros arranjos familiares. Se o imóvel estiver registrado em nome de ambos os cônjuges, é necessária a presença de ambos para que a escritura tenha validade. Além disso, é imprescindível a apresentação de documentos como certidão de casamento (se aplicável), documentos pessoais, matrícula do imóvel atualizada, e certidões negativas de débitos.
Quais as principais características e efeitos da Escritura de Bem de Família?
A Escritura de Bem de Família deve conter a identificação completa do imóvel, a qualificação dos proprietários, e a declaração expressa de que o bem será destinado à moradia da família, sob a proteção da legislação de bem de família. Uma vez lavrada, a escritura deve ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis competente para que a impenhorabilidade seja oponível a terceiros. Após o registro, o imóvel ficará protegido contra execuções por dívidas, com as exceções previstas em lei.
Considerações adicionais sobre a Escritura de Bem de Família
É importante destacar que a proteção oferecida pelo bem de família não é absoluta. A lei estabelece situações específicas em que o imóvel pode ser penhorado, como em casos de dívidas fiscais ou em contratos hipotecários. Além disso, a alienação ou locação do bem protegido só pode ser realizada com o consentimento de todos os interessados e, em alguns casos, mediante autorização judicial. Portanto, é essencial compreender as implicações legais antes de formalizar a Escritura de Bem de Família.
Veja como funciona:
Lista de documentos
Outros serviços
Dúvidas frequentes
Quais são as dívidas que podem levar à penhora de um bem de família?
Apesar da proteção legal, o bem de família pode ser penhorado para quitar dívidas relacionadas ao próprio imóvel, como impostos, taxas condominiais, ou em casos de financiamento utilizado para a aquisição ou reforma do imóvel.
É possível destinar mais de um imóvel como bem de família?
Não, a legislação brasileira permite que apenas um imóvel seja destinado como bem de família, e esse imóvel deve ser utilizado como a residência da família.
A Escritura de Bem de Família pode ser cancelada?
Sim, a Escritura de Bem de Família pode ser cancelada mediante a lavratura de uma escritura pública de cancelamento e o registro desse ato no Cartório de Registro de Imóveis, desde que não haja dívidas pendentes que possam comprometer a impenhorabilidade do imóvel.
Posso alugar o imóvel que está protegido como bem de família?
Sim, é possível alugar o imóvel protegido, mas essa decisão deve ser tomada com cautela, pois a locação do bem de família pode gerar interpretações jurídicas diferentes, especialmente se houver necessidade de penhora para pagamento de dívidas decorrentes do contrato de locação.
Quais documentos são necessários para lavrar a Escritura de Bem de Família?
Para lavrar a Escritura de Bem de Família, é necessário apresentar a matrícula atualizada do imóvel, certidão de casamento (se aplicável), documentos de identidade e CPF dos proprietários, além de certidões negativas de débitos.
